O vinho é um alimento e uma bebida especial, diferente de qualquer outra. Ao longo da história da humanidade o vinho sempre teve um lugar de destaque. É ele que aparece junto aos deuses. É ele que está na simbologia e nos cultos religiosos. É a bebida que mais inspirou artistas e poetas. É com vinho que se comemoram as grandes conquistas e vitórias. Nas civilizações em que o vinho era conhecido ele também era usado para curar doenças, tratar ferimentos, prevenir males e alegrar o espírito.
O que torna o vinho um alimento e uma bebida tão especial, tão diferente de todas as outras são os polifenóis. Mais especificamente é a relação harmônica dos polifenóis com os outros componentes do vinho, sobretudo com o álcool. É justamente essa afinidade a grande responsável pelas virtudes organolépticas e terapêuticas desta bebida/alimento tida como o néctar dos deuses.
Os polifenóis existem no reino vegetal com a função de defender as plantas. São eles que protegem os vegetais dos ataques físicos como o dos raios ultravioletas (do sol) e dos ataques biológicos como os dos fungos, dos vírus e das bactérias. O criador – que é tão sábio – ou a natureza – que é tão pródiga – concentram os polifenóis nas folhas, cascas e sementes dos vegetais para que eles cumpram com eficiência esse papel. Eles são eficientes nesta nobre função porque têm um efeito antioxidante e antibiótico muito marcado e potente. É justamente destes efeitos que advém às virtudes terapêuticas.
Os cerca de 200 polifenóis já identificados no vinho provém entre 90 e 95% das castas e sementes das uvas, os vinhos tintos são fermentados na presença das cascas e sementes das uvas, ao contrário dos brancos que, quando inicia a fermentação, separam-se esses elementos. O álcool é o melhor solvente - extrator – dos polifenóis. Desse modo é fácil entender porque os vinhos tintos são mais ricos em polifenóis e, como regra, têm mais benefícios para a saúde.
Os vinhos brancos embora tenham menos polifenóis também têm algumas virtudes terapêuticas que são muito interessantes. Eles, de uma maneira geral, são mais diuréticos, desintoxicantes e ricos em potássio, cálcio e magnésio. Isso é muito interessante em uma série de situações clínicas. Os polifenóis no vinho branco são em menor quantidade, mas com uma grande capacidade antioxidante. Pesquisas realizadas na Universidade de Búfalo, em Nova Iorque, mostraram que as pessoas que têm o hábito regular de beber vinho branco moderadamente junto com as refeições têm uma melhor função pulmonar. É bem sabido que função pulmonar tem relação direta com qualidade e quantidade de vida.
Hoje existem mais de 250.000 estudos médicos sobre os efeitos de vinho e de outras bebidas alcoólica sobre saúde humana. Eles mostram várias virtudes terapêuticas para o vinho, como as listadas no quadro abaixo.
Evidências na literatura médica de ações do vinho na saúde humana
Existe um estudo feito no Instituto do Coração, em São Paulo, coordenado pelo Prof. Dr. Protásio Lemos da Luz que compara o efeito do vinho tinto (bebida rica em polifenóis e álcool) e do suco de uva (bebida rica em polifenóis, porém sem álcool) na formação de placas de gorduras na artéria aorta (a principal do organismo). Neste estudo coelhos foram tratados com uma dieta rica em gorduras por 12 semanas e divididos em 3 grupos. Um grupo recebia além da dieta água, o outro suco de uva e o terceiro vinho tinto. No final de 12 semanas os coelhos forma sacrificados. Foi compara a quantidade de placas de gorduras na artéria aorta de todos os coelhos. O que se encontrou foi que os coelhos que tomaram água tinham 70% da área da artéria aorta com placas de gordura, os que tomara suco de uva (bebida rica em polifenóis, mas sem álcool), tinham 47% da área da artéria comprometida com placas de gordura e os que receberam vinho tinto (bebida rica em polifenóis e mais o álcool) apenas 38% da área da artéria aorta com gorduras.
Uma pesquisa que visou comparar o efeito do vinho tinto (bebida alcoólica rica em polifenóis com um destilado (bebida alcoólica sem polifenóis) no organismo humano foi publicada recentemente na revista “Atherosclerosis”. O estudo foi feito com 40 homens, com idade média de 37 anos. Todos receberam durante 30 dias o equivalente a 30 g de álcool. Numa etapa como vinho tinto e em outra como bebida destilada. Nos dois períodos de estudo foram medidos alguns marcadores de Aterosclerose. Este nome é dado a situação clínica em que gorduras que existam no sangue (colesterol) sofrem ação dos Radicais Livres, se oxidam e vão se aderindo com células às paredes dos vasos sanguíneos de maneira a formar placas que acabam por obstruir-los. Esta pesquisa evidenciou um efeito protetor ao desenvolvimento de aterosclerose para ambas as bebidas, mas significativamente maior para o vinho tinto. Enquanto o destilado diminuiu a adesão de células na parede dos vasos em 39% o vinho diminuiu em 96%.
Estes dois estudos, pinçados entre milhares, servem para ilustrar a fantástica relação de harmonia que existe entre os componentes do vinho, mormente dos polifenóis com o álcool. É justamente esta relação, que pode ser tão diversa e harmônica, é que faz do vinho um alimento e uma bebida tão especial e diferente de qualquer outra. É esta harmonia que levou o vinho para junto dos deuses e a aparecer na simbologia e nos cultos religiosos. É esta harmonia que extrapola a taça e a garrafa que atinge o espírito (e inspira os artista e os poetas) e o corpo das pessoas (promovendo a saúde).
(Fonte: Jornal Bom Vivant – Maio/2005.)
O que torna o vinho um alimento e uma bebida tão especial, tão diferente de todas as outras são os polifenóis. Mais especificamente é a relação harmônica dos polifenóis com os outros componentes do vinho, sobretudo com o álcool. É justamente essa afinidade a grande responsável pelas virtudes organolépticas e terapêuticas desta bebida/alimento tida como o néctar dos deuses.
Os polifenóis existem no reino vegetal com a função de defender as plantas. São eles que protegem os vegetais dos ataques físicos como o dos raios ultravioletas (do sol) e dos ataques biológicos como os dos fungos, dos vírus e das bactérias. O criador – que é tão sábio – ou a natureza – que é tão pródiga – concentram os polifenóis nas folhas, cascas e sementes dos vegetais para que eles cumpram com eficiência esse papel. Eles são eficientes nesta nobre função porque têm um efeito antioxidante e antibiótico muito marcado e potente. É justamente destes efeitos que advém às virtudes terapêuticas.
Os cerca de 200 polifenóis já identificados no vinho provém entre 90 e 95% das castas e sementes das uvas, os vinhos tintos são fermentados na presença das cascas e sementes das uvas, ao contrário dos brancos que, quando inicia a fermentação, separam-se esses elementos. O álcool é o melhor solvente - extrator – dos polifenóis. Desse modo é fácil entender porque os vinhos tintos são mais ricos em polifenóis e, como regra, têm mais benefícios para a saúde.
Os vinhos brancos embora tenham menos polifenóis também têm algumas virtudes terapêuticas que são muito interessantes. Eles, de uma maneira geral, são mais diuréticos, desintoxicantes e ricos em potássio, cálcio e magnésio. Isso é muito interessante em uma série de situações clínicas. Os polifenóis no vinho branco são em menor quantidade, mas com uma grande capacidade antioxidante. Pesquisas realizadas na Universidade de Búfalo, em Nova Iorque, mostraram que as pessoas que têm o hábito regular de beber vinho branco moderadamente junto com as refeições têm uma melhor função pulmonar. É bem sabido que função pulmonar tem relação direta com qualidade e quantidade de vida.
Hoje existem mais de 250.000 estudos médicos sobre os efeitos de vinho e de outras bebidas alcoólica sobre saúde humana. Eles mostram várias virtudes terapêuticas para o vinho, como as listadas no quadro abaixo.
Evidências na literatura médica de ações do vinho na saúde humana
Existe um estudo feito no Instituto do Coração, em São Paulo, coordenado pelo Prof. Dr. Protásio Lemos da Luz que compara o efeito do vinho tinto (bebida rica em polifenóis e álcool) e do suco de uva (bebida rica em polifenóis, porém sem álcool) na formação de placas de gorduras na artéria aorta (a principal do organismo). Neste estudo coelhos foram tratados com uma dieta rica em gorduras por 12 semanas e divididos em 3 grupos. Um grupo recebia além da dieta água, o outro suco de uva e o terceiro vinho tinto. No final de 12 semanas os coelhos forma sacrificados. Foi compara a quantidade de placas de gorduras na artéria aorta de todos os coelhos. O que se encontrou foi que os coelhos que tomaram água tinham 70% da área da artéria aorta com placas de gordura, os que tomara suco de uva (bebida rica em polifenóis, mas sem álcool), tinham 47% da área da artéria comprometida com placas de gordura e os que receberam vinho tinto (bebida rica em polifenóis e mais o álcool) apenas 38% da área da artéria aorta com gorduras.
Uma pesquisa que visou comparar o efeito do vinho tinto (bebida alcoólica rica em polifenóis com um destilado (bebida alcoólica sem polifenóis) no organismo humano foi publicada recentemente na revista “Atherosclerosis”. O estudo foi feito com 40 homens, com idade média de 37 anos. Todos receberam durante 30 dias o equivalente a 30 g de álcool. Numa etapa como vinho tinto e em outra como bebida destilada. Nos dois períodos de estudo foram medidos alguns marcadores de Aterosclerose. Este nome é dado a situação clínica em que gorduras que existam no sangue (colesterol) sofrem ação dos Radicais Livres, se oxidam e vão se aderindo com células às paredes dos vasos sanguíneos de maneira a formar placas que acabam por obstruir-los. Esta pesquisa evidenciou um efeito protetor ao desenvolvimento de aterosclerose para ambas as bebidas, mas significativamente maior para o vinho tinto. Enquanto o destilado diminuiu a adesão de células na parede dos vasos em 39% o vinho diminuiu em 96%.
Estes dois estudos, pinçados entre milhares, servem para ilustrar a fantástica relação de harmonia que existe entre os componentes do vinho, mormente dos polifenóis com o álcool. É justamente esta relação, que pode ser tão diversa e harmônica, é que faz do vinho um alimento e uma bebida tão especial e diferente de qualquer outra. É esta harmonia que levou o vinho para junto dos deuses e a aparecer na simbologia e nos cultos religiosos. É esta harmonia que extrapola a taça e a garrafa que atinge o espírito (e inspira os artista e os poetas) e o corpo das pessoas (promovendo a saúde).
(Fonte: Jornal Bom Vivant – Maio/2005.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário