O “São Roque de Outrora” foi escrito entre 1936 e 1938 e é a base de todo o conhecimento que se tem sobre a formação de São Roque. Tudo que veio depois dele usou o trabalho de Joaquim Silveira Santos como norte.
Originalmente, a série São Roque de Outrora foi publicada, semana após semana, na capa do O Democrata. Agora, ele é publicado em forma de livro com o apoio do Guia São Roque.
“O material ficou restrito aos recortes e ao acervo do Democrata por mais de 70 anos”, lembra o jornalista Demétrio Vecchioli, responsável por editar o livro. Inicialmente, o trabalho foi produzido para a prefeitura de São Roque, que adquiriu o direito de imprimir o livro, fez isso, e distribuiu milhares de unidades pelas escolas públicas da cidade.
“Muitos que viam o livro, porém, demonstravam interesse em adquiri-lo, mas a unidades pertencentes à prefeitura não podiam ser comercializadas. Como a família me cedeu os direitos autorais do livro, procurei alguns parceiros, como O Democrata, a ACIA, a AISAM e o SINDUSVINHO, que aceitaram de pronto a ideia e hoje são os realizadores do projeto”, explica o editor.
O livro tem início junto com as primeiras movimentações dos bandeirantes que fundaram São Roque, há mais de três séculos e meio. Ele segue contando como São Roque se tornou comarca e depois cidade. Relata a abertura das ruas, a chegada da Sorocabana, os primeiros empreendimentos comerciais, a inauguração da Brasital, a construção de cada capela, o desenvolvimento industrial, entre tantas outras coisas. Estão ali também as histórias das famílias tradicionais, como a do Barão de Piratininga, além dos “causos” antigos.
Praticamente tudo o que se sabe sobre São Roque até 1938 está neste livro escrito por Silveira Santos, o mais importante historiador que São Roque já teve.
“O São Roque de Outrora é ilustrado com fotos da época em que ele foi escrito. As imagens, a maioria inéditas, foram retiradas de um trabalho de inspeção sanitária feito em 1941. A própria foto de capa do livro, tirada de onde hoje está a Mercearia São Paulo, é daquela época”, conta o editor.